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⛄ TURISMO PELA ANTÁRTIDA

 

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Antártida/Antártica






O TURISMO PELA ANTÁRTIDA





🔷️ O Turismo na Antártida começou no final dos anos 50, quando o Chile e a Argentina levaram mais de 500 turistas às Ilhas Shetlands do Sul, mas a atividade somente se estabeleceu em 1966, quando o tema Educação Ambiental foi incorporado junto ao slogan “você não pode proteger o que você não conhece”. Acreditava-se que vivenciar a Antártica, levaria as pessoas à uma consciência ecológica, uma vez que passariam a compreender o papel importante que a Antártica tem no ambiente global. O isolamento físico daquela região, as temperaturas extremas, o clima adverso e a vida selvagem peculiar, são grandes atrativos para o Turismo. Mesmo sendo o Turismo na Antártica, ainda muito caro, nos últimos 35 anos várias operadoras se aventuraram na região Antártica, a cada ano. No momento, 35 operadoras de 10 Países diferentes atuam na Antártica com navios de Turismo. As visitas se concentram nas zonas livres de gelo, nos meses entre Novembro e Março.

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🔷️ Os visitantes fazem curtas incursões nas regiões costeiras, visitam estações científicas, monumentos históricos e colônias de animais. Dentre as atividades, estão incluídas o alpinismo, acampamento e o mergulho. Essas atividades são todas supervisionadas pela tripulação do navio, que inclui ornitologistas, biólogos marinhos, geólogos, glaciologistas, historiadores e naturalistas. Todos os cuidados com o ambiente são devidamente tomados - 150 sítios, incluindo 20 estações científicas estão nos roteiros das visitas. Alguns sítios recebem até 7000 visitantes anualmente.Os navios de Turismo também transportam pesquisadores que desenvolvem trabalhos científicos. Os benefícios derivados do Turismo responsável, como melhor conhecimento e apreciação da importância da região, são enormes. O Turismo na Antártica é um exemplo de conduta consciente em ambientes naturais.

(FONTE: https://ambientes.ambientebrasil.com.br/agua/programa_antartico_brasileiro/turismo_na_antartica.html, 16/10/23


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ATENÇÃO! O relato abaixo foi publicado no site da National Geographic Brasil, em 21/01/22, descrito por EMMA GREGG, uma turista que visitou a Antártida e vivenciou momentos incríveis neste gélido Continente. Então, lendo o seu artigo, resolvi tomar a liberdade de compartilhar neste Blog a sua ríquissima experiência neste magnifíco Continente - a Antártida: 


- "Expedições científicas em pequena escala ajudam a equilibrar o Turismo e a preservação nessa fronteira congelada, nos confins da Terra. É extremamente raro, como turista, ter acesso a uma região intocada que foi reservada especialmente para a ciência e a conservação. É igualmente raro estar em um lugar onde aves e animais selvagens cercam as pessoas, em vez de fugirem. As ilhas e costas do Oceano Antártico, na Antártida, representam um desses locais, sendo as Ilhas Galápagos suas únicas rivais, quando o assunto envolve paisagens naturais paradisíacas. Embora existam quase 10 mil pessoas residentes na Antártida, durante o verão austral (sejam climatologistas, glaciologistas, ornitólogos e ecologistas), um fluxo constante de ecoturistas tem visitado o Continente, enfrentando voos longos e mares tempestuosos. Entre novembro e março, em um ano normal, cerca de 40 mil turistas percorrem essa notável região.


- Embora possa parecer muita gente para um destino ecologicamente delicado, a Associação Internacional de Operadores de Turismo da Antártida (Iaato) possui protocolos de conservação rigorosos para minimizar os danos. Navios de expedição modestos, porém confortáveis, transportam no máximo 200 passageiros; isso é uma das formas que os amantes da natureza encontraram de tornarem sua visita a mais ecológica possível. Esses navios são quebra-gelos de pequeno porte, porém robustos e possuem uma pegada de carbono abaixo da média. Alguns têm cascos aerodinâmicos e motores híbridos; outros eliminaram as instalações de luxo, encontradas nos navios de cruzeiro, consumindo assim, menos combustível. Mas o que realmente diferencia esses navios de expedição, são seus guias experientes que oferecem aulas e excursões nas quais ensinam tudo aos visitantes, desde a biologia das focas até habilidades de sobrevivência. À bordo de um desses navios, podemos ter uma ideia de como é ser um cientista polar, um naturalista ou um explorador.


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- O navio que escolhi é classificado como “pequeno”, o que significa que podemos navegar em enseadas estreitas e desembarcar em terra firme. Em preparação, inspecionamos meticulosamente os equipamentos que utilizaremos enquanto estivermos ao ar livre. “Vamos lá, mostrem-nos o Velcro das roupas”, dizem os guias da expedição, verificando nossos fechos e costuras em busca de sementes, insetos, lama ou areia, e vasculhando cada centímetro com um aspirador de pó. Eles nos ensinam a respeitar o meio ambiente, o que inclui manter distância da vida selvagem e não deixar rastros. “Nada de lenços, migalhas ou mensagens na neve!” Pouco tempo depois, eles estão descarregando os Zodiacs (barcos infláveis rígidos), prontos para nos levar pelo mar coberto de gelo até os pontos mais interessantes. 65° ao sul. 


- Neko Harbour fica na baía de Andvord, um fiorde antártico intocado de formato longínquo e elegante, bem parecido com o contorno da Itália. Aqui, no início do cruel período de caça às baleias na Antártida, há pouco mais de um século, os navios de carga eram usados como fábricas flutuantes. Hoje, depois de muito esforço, as águas calmas e repletas de icebergs da baía de Andvord refletem paz. Enquanto observo da praia, uma baleia-jubarte e seu filhote fazem uma aparição vagarosa, borrando a imagem espelhada das montanhas distantes e provocando uma enxurrada de fotografias tiradas pelos passageiros do barco que estão mais próximos. Depois que a água volta a se acalmar, um pequeno bando de aves alma-de-mestre dança levemente na superfície, capturando krill da água.


- As encostas cobertas de neve se erguem atrás da praia e são marcadas por trilhas deixadas pelos pinguins, que sobem para acessar os locais de nidificação no topo. Filas constantes de pinguins-gentoo, como se fossem turistas, saem para fazer trilha em um movimentado resort nos Alpes - sobem e descem obstinadamente. A exploração deliberada da vida selvagem pode ter acabado, mas a Antártida agora enfrenta uma ameaça diferente. De acordo com cientistas do clima, o deslocamento de geleiras está se tornando mais comum. Esses eventos são considerados os principais fenômenos impulsionados pelas mudanças climáticas nas regiões polares. 


- A Península Antártica está aquecendo aproximadamente 6 vezes mais rápido que a média global, e as plataformas de gelo ao seu redor estão encolhendo. Embora a região pareça intocada por mãos humanas, os efeitos climáticos são de grande alcance e a Antártida é muito frágil. As condições climáticas é uma preocupação compreensível para os turistas antárticos. Todos nós já vimos fotos de aventureiros polares retorcidos com cílios cobertos de neve, narizes gelados e extremidades congeladas. Em 2020, no entanto, a região experimentou as temperaturas mais altas já registradas — acima de 17,7°C no extremo norte da península — pelo segundo ano desde 2015.


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- No fim do verão, as focas-leopardos estão bem alimentadas: muitos pinguins-de-adélia e pinguins-de-barbicha inexperientes já caíram na água, desconhecendo o risco representado pelas mandíbulas mortais das focas. Os pinguins-gentoos, que se reproduzem mais tarde, serão os próximos. Por enquanto, os filhotes felpudos permanecem em terra, importunando seus pais por comida assim que acabam de chegar da última busca por alimentos. Jovens pinguins-gentoo famintos correm pelas cabanas históricas de Port Lockroy e pelo correio do Royal Mail, enquanto os mais velhos inspecionam nossas bolsas secas e se defendem contra outras aves oportunistas. 


- Como o clima e as condições do mar da Antártida podem ser desafiadores, não é possível garantir o desembarque — seja nas ilhas ou no Continente. Além disso, de acordo com as regras da Iaato, apenas um navio pode visitar cada local de desembarque por vez, com até 100 pessoas permitidas em terra, a qualquer momento. Além de minimizar a perturbação, isso intensifica a aventura. Pessoas desembarcam nas costas do Oceano Antártico desde que James Cook atravessou o Círculo Antártico, em 1773. Por várias décadas, no entanto, ninguém foi além das ilhas, aventureiros pisaram no Continente pela primeira vez apenas no início de 1821.


- Esses pioneiros, interessados em caçar focas para comercialização, em vez de fazer história, mantiveram silêncio sobre seus movimentos e a localização dos melhores pontos de pouso era mantida em segredo. Mas a curiosidade foi crescendo e, em 100 anos, alguns dos exploradores mais famosos do mundo deixaram sua marca no Continente. No fim do século 20, a mudança que afastou a Antártida da exploração implacável dos recursos naturais e a aproximou da ciência, conservação e Ecoturismo estava quase completa. 


- Na Ilha Elefante (batizada em homenagem às focas imponentes que já ocuparam sua costa rochosa), os pinguins-de-barbicha evitam a perturbação causada pela embarcação. Foi neste pedaço de praia que a tripulação da expedição Endurance de Ernest Shackleton ficou presa por 105 dias em 1916. O explorador levou mais 16 longos dias para navegar daqui até a Geórgia do Sul em busca de ajuda, uma travessia que concluímos em pouco mais de 48 horas.. (...) um companheiro de viagem descreve perfeitamente o nosso destino: “Este é um daqueles lugares que você realmente precisa vivenciar em primeira mão, com seus próprios olhos, ouvidos, nariz, coração e alma.”

(FONTE: https://www.nationalgeographicbrasil.com/viagem/2022/01/e-verao-na-antartida-saiba-como-explorar-com-responsabilidade, 16/10/23)


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🔷️  Após o interessante relato de Emma Gregg, sobre sua experiência na Antártida, é importante frisar que só existe um período em que o Turismo pode acontecer na Antártida: entre os meses de Novembro e Março. Isso se deve ao fato de que é nesse período em que as temperaturas estão mais altas e suportáveis, além de ser quando os animais mais aparecem. Além disso, há luz natural praticamente o tempo inteiro. Os pacotes de viagem costumam ter entre 6 e 11 dias de duração. Como é necessário sempre estar acompanhado de um guia credenciado, são vendidos os pacotes com roteiros prontos. Agora, para chegar até o destino, depende de onde você sai. Daqui do Brasil para lá, são cerca de 60 horas de viagem.

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🔷️ O que fazer na Antártida? Essa é uma pergunta muito comum, e que possui bastantes respostas. Geralmente, os pacotes incluem duas idas por dia ao Continente. A observação da paisagem e da fauna local é uma delas. Além disso, também é possível fazer atividades extras por fora do pacote. No entanto, tudo depende do que você adquirir. Por exemplo, um dos pacotes inclui kayaking e hiking nas montanhas antárticas. Outro já passa pelas ilhas de Rei George e Shetland do Sul. Então, depende do que você vai adquirir. De fato, boa parte da experiência da viagem acontece dentro do navio em que você irá se hospedar. Por isso, é uma viagem muito boa para quem curte, além da observação, o aprendizado!

(FONTE: https://levenaviagem.com.br/viagem-para-antartica-tudo-o-que-voce-precisa-saber-sobre-esse-destino/, 19/01/24)


ATENÇÃO! Ressalto que pela inexistência de países na Antártida, vamos conhecer este maravilhoso Continente - gélido e lindo, "através" das suas comunidades científicas instaladas nas bases das ilhas, e registros de alguns lugares inóspitos que só pelas suas belezas naturais, já valem a pena admirar!



"Bora" lá?



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IMPORTANTE SABER! As Cachoeiras de Sangue (Blood Falls) é uma escorrência de água salgada colorida por óxido de ferro, que ocorre na extremidade da geleira de Taylor e se dispersa sobre a superfície do lago Bonney, nos vales secos de McMurdo. Óxidos de ferro hidratados depositam-se sobre o gelo, após a oxidação dos iões ferrosos presentes na água salgada. Os iões ferrosos estão dissolvidos em água salgada de uma antiga "bolsa" do oceano Antártico, formada quando um fiorde foi bloqueado por um glaciar, há cerca de 2,5 milhões de anos. Como resultado, desenvolveu-se um raro ecossistema subglacial de bactérias autotróficas, que metabolizam os iões férrico e sulfato, provocando este fênomeno natural. Fotos abaixo!

(FONTE: https://pt.wikipedia.org/wiki/Cachoeiras_de_Sangue, 11/04/24).


Cachoeiras-de-Sangue-ou-Blood-Falls

Cachoeiras-de-Sangue-ou-Blood-Falls




🔷️ Enfim, concluímos a apresentação do Continente mais gélido do Planeta - a Antártida (ou Antártica)!




 Tão lindo quanto gelado este Continente, não é? "Bora" conhecer a Ásia agora? 

(clique aqui)




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